Cyber people das missivas ®

Chega-me, diariamente, uma quantidade enorme de mensagens questionando sobre o recebimento das cartas. Alguns manifestam preocupação com o prazo, outros questionam a morosidade do correio.

Tratando-se de um envelope de papel e que, em alguns casos, atravessa vários estados ou até mesmo o oceano, é normal que a demora aconteça. Como vocês, também fico ansiosa esperando para ver o que me foi carinhosamente enviado, mas tenho exercitado a paciência  e, longe das telas digitais, a espera por algo que tem me feito bastante feliz.

Lembro-me de Exupéry citando, em seu clássico, o seguinte trecho:

“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento nunca saberei a hora de preparar o coração.”

Portanto, a carta chega. O prazo para carimbar e postar é até amanhã. Falo apenas das cartas que irão compor a matéria da revista. Entretanto, sei que há gente escrevendo não apenas porque existe uma pauta, mas porque, como eu, sentia falta da nostalgia postal, dessa mesma espera, das amizades seladas que, muito mais que afetos envelopados, têm me trazido cor especial às manhãs.

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Obrigada Paulo Rogério de Oliveira Costa, do Espírito Santo

Quem ainda não recebeu a resposta, aguarde. Não consegui finalizar tudo, mas assim que estiverem encaminhadas, vão direto para a caixa postal.